Há uma inoperância em discernir e decidir entre o certo e o errado, o bem e o mal, o ético ou não. Hoje tudo é relativo.
Há tentativas em acertar no modo de agir, de se relacionar, de se mover, de escrever, de falar, de tomar decisões, enfim, no modo como seguir a vida entre o tempo e o verbo.
Vemos vitrines de equívocos, de fragilidades, mas, também vemos muita beleza. Vivemos entre a escolha e a finalização de projetos em todos os setores de nossa vida, observamos a nós mesmos e aos outros. Ficamos como voyeurs, psicólogos, advogados e navegadores de algo subjetivo.
Dificilmente percebemos nossa falta de sensibilidade, nossas euforias e a nossa arrogância, pois não vemos estes extremos, eles estão camuflados no infinito do pensamento, do coração, da razão, bem distantes do que idealizamos ou do que idealizaram para nós.
O limiar entre os antônimos é tão pequeno quanto os extremos que estão dentro de nós.
Viceralmente nos mantemos unidos por essas dúvidas, afinal, perguntar é uma condição humana.
Esses questionamentos incessantes que ora ou outra nos surpreendem não permitem que sejamos passivos de verdades absolutas. Acho melhor assim.
Será que estou certa ou errada?
Você pode estar pensando: é relativo.
(Lisa Susin - agosto de 2010)
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